terça-feira, 23 de março de 2010

Porque é Poesia

Olá, outra vez hoje...

Primeiro, desculpem pelo tamanho da letra da mensagem que vem depois desta. O meu pc tá meu weird e... para desgosto do meu gajo, não percebo mt disso, e então... a letra ficou assim, grande para caneco. Desculpem!!!!

Segundo, porque o dia da Poesia já se foi e não coloquei nada aqui, resolvi colocar um poema que se enquadra no tema deste blog, e outro que é da minha autoria e que, por diversos motivos, achei que seria adequado. Como é Poesia, cada um que entenda o seu "mundo".




If
Rudyard Kipling



Este é o meu, de há alguns anitos atrás...

Meu mundo

Seis paredes brancas me pertencem.

Uma delas meu Inferno, outra meu Céu.

Quatro anjos, somente meus, as restantes.


Meu céu. Voando para ti olho,

Sem nada para ver,

Vislumbro minha vida, meus feitos.

Os raios da Sombra, desta luz que me ilumina,

Encandeiam meu sóbrio pensar e

Conduzem-me em mil aventuras e

Sempre sem nada ver, sem nada que este

Céu tem para me mostrar: apenas

Pequenos gorgulhos brancos,

Pequenas saliências e planícies, tão brancas

Como as primeiras.

Nada vejo! Tudo imagino!


Meu Inferno. Frio chão em que piso.

Brilho que me surpreende a cada dia, mais baço.

Quadrados de madeira que ardem ao toque de meus pés.

É um Inferno que me queima,

É um companheiro de todos os dias.

É um caminho que me abre as portas,

Para o rico sonho de olhar um céu nú,

Um caminho que me conduz àquele alegre canto,

Que me abraça a cada noite que passa.


Anjos meus. Protectores da minha vida,

Criadores do meu andar, do meu sentir!

Um mais pequeno, outro maior.

Há um que no meio se encontra,

Outro que é o fim e o início.

Não sei qual deles o melhor, o que mais me protege.

Num vejo, claramente, o mundo que é meu,

Ou até o mundo onde queria pertencer.

Noutro, está o espelho que tento evitar,

Que por vezes olho para poder ver:

O que não quero ter a certeza, o que não quero duvidar.

Em frente: a triste realidade de todos os dias,

A alegria desta casa, deste povo.

O princípio começa onde acaba o sonho: no outro.

Na porta da realidade e do mundo que me espera,

O pisar de um outro inferno, no ver um outro céu

Que não são iguais aos teus, mas são parecidos aos de alguém!

Diferentes em tamanho e côr, mas iguais em tormentos e alegrias!

É um pedaço daquilo que conhecem,

É apenas um sítio onde me encontro: o meu mundo!



Mil bjs
Karó

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