terça-feira, 30 de junho de 2009

O outro lado do sentimento

E se, em vez de um suicídio for uma morte comum?

Quando chegamos a um ponto da vida em que muita coisa já nos aconteceu e já aprendemos muito e ainda nos damos conta que somos novos, que fazer? Na adolescência, já muito se passa sem nada se passar. Mas muda-nos!

Ao pensar no suícido (por razões que agora não valem a pena contar) pensamos na perspectiva de quem o pratica, acho... Eu também passei pela adolescência... Nunca vi esse processo destrutivo com os olhos dos outros. Se acontecesse, também seria uma libertação para o restante mundo. Se o era para mim, quanto mais então para os que me rodeavam.

Mas, adolescência passada, experiências concluídas, processos relegados para a memória esquecida... eis que o destino nos manda "think again!". Agora, o processo, eu o vejo de fora. Inquietude, dor, sofrimento, ansiedade, impotência, raiva, tristeza... all the feelings on the big book.

Que fazer quando o processo muda de pessoa? Que fazer se a pessoa não viveu a adolescência e ficou presa na dor do "e se eles não me tivessem dito ou feito o que disseram ou fizeram?". Deus meu, que torturoso é o caminho da mente, quando o corpo se abate e o espírito se fecha, isolado!

Sei que nada me preparou para o papel que o destino me empurrou para as mãos. Sei que não sou solução para os problemas, sei muita coisa e também sei que muitos "e ses" advêm de tudo. Mas estamos presos ao sentimento, mesmo que por simples momentos, simples fases transitórias... o sentimento lá está. Não vivemos sózinhos no mundo. Não podemos fechar as portas e pôr a música a tocar e o resto a andar.

Escondo de uns e digo a outros. Conheço uns e conheço os outros. Sei de onde tirar a esperança e de onde a ir resgatar. Talvez seja o necessário para curar-te desse processo... E, se não tivesse surgido esse processo na tua vida, veria eu hj com os olhos que vejo que o sofrimento fátuo pelo qual passei seria também sofrimento eterno para outros?

E se não houvesse sofrimento?

Bjs,
Karol

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