Apetece-me um choro:
quente ou frio
servido como seja;
pouco me importa!
A minha vontade é incontrolável.
Quero-o como de lugar
sita na berma da estrada,
desolada,
aqui permanecida,
como cão sem dono,
como trela sem animal,
como tempo sem marcha
ou relógio sem pulso.
Tudo fora de lugar
na pista do caminho que marco.
Marca queimada no peito,
marcada, marcada a ferros,
negros, vermelhos, frios,
pouco me importa.
A dor me dará a existência;
a marca, a realidade.
A escolha, a renúncia.
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